quinta-feira, 4 de agosto de 2011

SER CHAMADO DE DEUS PARA OS DEMAIS

AGOSTO-MÊS DE VOCAÇÃO

O mês de agosto é o mês durante o qual todos nós somos chamados a refletir sobre a vocação na vida de cada um, e por isso abrange a todos. A palavra “vocação” vem do latim “vocare” = chamar. Por ser considerada um chamado, a vocação evoca o conceito de “diálogo”, supondo alguém que fala (chama) e alguém que responde. Dentro do contexto religioso, evidentemente, quem chama é Deus e quem responde é o homem. Conseqüentemente trata-se de um encontro e de um relacionamento interpessoal. Somente no contato (no encontro e no diálogo) com Deus, e com os outros homens, o homem pode alcançar sua maturidade e sua plenitude. Caminhando na fé na resposta à chamada é que descobriremos as riquezas do apelo de Deus.

Toda a vida do homem é um chamado contínuo de Deus a ser, a viver, a operar e a tender para um objetivo. Deus, como Pai, chama cada um dos homens pelo nome (cf. Is 43,1; Jo 10,3b) e deseja estabelecer com os homens uma relação de amor. Toda a Bíblia é a história deste amor de Deus para conosco. Trata-se do amor cuja finalidade é salvar. E a nossa história deve ser também a história de nosso amor para com Deus realizado na vivência amorosa com os demais. A vocação fundamental de todo homem é, portanto, abrir-se ao chamado gratuito do amor de Deus, um amor que humaniza, personaliza e diviniza. Respondendo positivamente a este chamado, o homem se realiza. “Criado o homem para amar e ser amado, se realiza plenamente só amando e sendo amado; a pessoa, pois, não pode viver sem amor. Sem amor ela permanece incompleta e incompreensível a si mesma, e a sua vida fica sem sentido se não encontrar o amor, se não experimentar, se não participar plenamente dele” (João Paulo II: Redemptor Hominis, 125).

Diante deste chamado fundamental, há a inclinação natural por um determinado gênero de vida e de atividade como forma de concretizá-lo. Esta inclinação para exercer certa forma de atividade é bastante forte, a ponto de parecer que corresponde a uma espécie de apelo que está de acordo com as atitudes necessárias. Trata-se de um impulso interior em direção daquilo que Deus determinou para aquela criatura (cada homem em particular). Surge, então, variedade de vocações como o modo próprio de realizar o chamado fundamental que é a abertura ao amor: há a vocação sacerdotal, religiosa e diaconal, há a vocação matrimonial, há a vocação para ser cientista, há a vocação para ser político, e assim por diante. Dentro do chamado fundamental, conseqüentemente, não se trata apenas de se tornar bom sacerdote, religioso e diácono, mas de ser perfeito cristão que viva a tal vocação. Não se trata apenas de tornar-se um casal famoso, mas de viver a vocação matrimonial no amor até o fim. Não se trata de se tornar eminente político, mas de ser homem perfeito que viva a própria vocação política com amor e por amor pelo bem comum, e assim por diante.

Por causa da variedade de vocação para realizar de maneira particular a vocação fundamental mencionada anteriormente, a Igreja no Brasil faz questão de lembrar cada semana do mês de agosto, cada vocação como o foco de reflexão naquela semana. Na primeira semana somos chamados a refletir e a rezar pela vocação para o ministério ordenado: diáconos, sacerdotes e bispos. Na segunda semana, a oração e a reflexão se focalizam na vocação para a vida em família (atenção especial aos pais como escola de virtudes). Na terceira semana, vamos refletir e rezar pela vocação para a vida consagrada: religiosos(as) e consagrados(as) seculares. E por fim, na quarta semana, somos convidados a rezar e a refletir sobre a vocação para os ministérios e serviços na comunidade: ministérios, pastorais, movimentos eclesiais e assim por diante.

* “Onde só o amor serve e não a necessidade, a escravidão se torna liberdade. E o amor é a única dívida que mesmo depois de paga nos mantém como devedores” (Santo Agostinho).

* "A nossa alma é tão preciosa aos olhos de Deus que, na sua imensa sabedoria, Ele não achou alimento digno dela a não ser o seu Corpo. A nossa alma não pode ter outro alimento a não ser o próprio Deus. Só Deus pode bastar-lhe. A alma precisa absolutamente do seu Deus" (São João Maria Vianney).

* "Quando as nossas mãos tocam uma substância aromática, perfumam tudo o que tocam. Façamos passar as nossas orações pelas mãos da Santíssima Virgem. Ela as perfumará" (São João Maria Vianney).

* "Quando se quer destruir a religião, começa-se por atacar o sacerdote" (João Maria Vianney)

Vitus Gustama, SVD



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