segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

ALEGRIA DE SER IRMÃO DE TODOS EM JESUS CRISTO



Terça-feira, 24 de Janeiro de 2012

Texto de Leitura: Mc 3,31-35

Naquele tempo, 31chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão fora à tua procura”. 33Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

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O evangelista Marcos vai relatar mais tarde em Mc 4,1-9 a parábola da semente que cai em diferentes terrenos. Mas de antemão ele ilustra dizendo-nos que a família de Jesus não é necessariamente o ideal terreno. A não se pode confundir com o contexto sociológico nem se pode reduzir a sentimentos humanos ainda que sejam fraternos ou familiares.


Pela segunda vez, até agora, Jesus é procurado pelos parentes seus (cf. Mc 3,21). “Tua mãe e teus irmãos estão fora à tua procura”, disse alguém para Jesus. Mas este recebeu esta resposta: “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. Para Jesus os laços de sangue, os laços familiares, os laços sociais são indispensáveis e reais, porém não é licito encerrar-se neles. No Reino de Deus, a fraternidade cristã não se funda nos vínculos de carne e sangue e sim no espírito comum: fazer a vontade do Pai. Levaram o nome de Jesus os que vivem em seu coração o que foi para Jesus a razão de ser de sua vida: Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35). O amor fraterno ou o amor mútuo é a norma de vida do cristão.


É surpreendente o tamanho do coração de Jesus: universal e grande como o universo, pois é aberto para toda a humanidade: “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.  Jesus se sente irmão de todos aqueles que fazem a vontade do Pai. Graças ao coração de Jesus que nos possibilita a fazermos parte da família de Jesus ao fazermos a mesma vontade de Deus. Graças a Jesus, cada cristão tem um numero grande de irmãos, de irmãs, de mães e de pais no mundo inteiro ao fazer algo comum: a vontade de Deus. É uma felicidade sem limite ter Jesus como nosso irmão. Tudo isso nos enche de alegria. Somos filhos e filhas de Deus em Jesus e somos irmãos entre nós, como rezamos no Pai Nosso (Mt 6,9-15). Ao aceitarmos Jesus Cristo e ao vivermos seus ensinamentos, entramos na comunidade nova do Reino.


E nesta comunidade nova temos como Mãe comum: Maria, a Mãe de Jesus, o grande exemplo na vivência da Palavra de Deus. Ela é a mulher crente totalmente disponível diante de Deus. Maria acolheu antes o Filho de Deus, o Verbo de Deus (Jo 1,1-2) em seu coração por meio da e depois ela acolheu-O em seu seio por sua maternidade. Neste sentido, Maria, Mãe de Jesus, é duplamente a Mãe de Jesus: dela ele nasceu e ela é a primeira discípula de Jesus por causa de seu “Fiat”: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra” (Lc 1,38). Maria, antes de ser Mãe fisicamente foi a Mãe espiritualmente. Antes de o Anjo do Senhor lhe anunciar a grande mensagem, ela vivia aberta a Deus. Ela colaborou ativamente durante toda sua vida no plano de salvação. “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.  Por isso, Maria é, para nós, nossa boa Mestra porque foi a melhor discípula na escola de Jesus. Ela nos assinala o caminho da vida cristã: escutar a Palavra de Deus, meditá-la no coração e levá-la à prática.


Por isso, cada cristão jamais pode se sentir solitário, pois ele tem, no mundo inteiro, seus irmãos e irmãs, pais e mães que rezam por ele em qualquer celebração eucarística e em outras celebrações. Conseqüentemente, cada cristão deve ter um coração universal e do tamanho do universo no qual possam caber todos. Um coração que ama é sempre espaçoso. Quanto mais o cristão ama, mais espaço ele terá no seu coração para todos como o coração de Jesus.


Será eu estou consciente de que todo homem é meu irmão? Será que tenho consciência de que toda mulher é minha irmã, minha mãe por causa de Deus que é o Pai de todos? Será que a fidelidade à vontade de Deus ocupa primeiro lugar na minha vida e em todas as minhas decisões? Será que posso afirmar que eu sou membro da família de Jesus?


P. Vitus Gustama,svd

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