segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

31 de Janeiro de 2013 

SER LUZ DA VERDADE PARA OS OUTROS

 
Quinta-feira da III Semana do Tempo Comum

Texto: Mc 4,21-25

Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 21Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? 22Assim, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”. 24Jesus dizia ainda: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem”.

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Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la de baixo de um caixote ou em baixo da ama? Ao contrário, não a coloca num candeeiro?”. Jesus é um observador do real. Nada escapa do seu olhar e de sua observação. É um homem atento em todo momento e em qualquer lugar. Sem dúvida, ele via a sua Mãe, Maria, na casa acendendo a lâmpada ao anoitecer para colocá-la, não de baixo da cama onde resultaria inútil e sim no centro da sala, sobre um candeeiro a fim de iluminar o mais possível a casa.

 
Através deste simples gesto familiar, belo humanamente, Jesus viu umsímbolo”. Cada realidade material evoca para Ele o invisível. Jesus se experimentou como uma lâmpada que se consumiu entregando-se ao serviço de uma causa para os demais. Como uma vela, sua vida terrena foi acabando iluminando a humanidade para que essa pudesse encontrar o caminho da verdadeira vida, caminho para a eternidade.

 
A Palavra de Deus não foi feita para ser guardada para si. Ninguém recebe a Palavra de Deus verdadeiramente se não comunicá-la para os demais. Toda vida cristã que se fecha em si mesma no lugar de irradiá-la não é querida por Jesus. Crer em Jesus Cristo significa aceitar em nós Sua luz e por nossa vez temos que comunicar essa mesma luz aos outros com nossas palavras e nossas obras. Na celebração do Batismo, e logo em sua anual renovação na Vigília Pascal, a vela de cada um, acendida do Círio Pascal é um formoso símbolo da Luz que é Cristo, que se comunica a nós e que se espera que logo se difunda através de nós aos demais. Não podemos escondê-la. Segundo Santo Tomás de Aquino, o ser humano está ordenado à felicidade sobrenatural pelos princípios do entendimento e pela tendência natural de sua vontade ao bem. Ao não obedecer à sua tendência natural para o bem o homem ficará longe da felicidade e ainda fará os outros infelizes, pois o ser humano não somente vive, mas convive.

 
Quem participa da Eucaristia não pode passar a vida como destruidor do próximo. Não pode viver uma intimista, de santidade personalista. Deus nos encheu de sua própria vida (Gn 2,7) fazendo-nos filhos seus para que convivamos como irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai celeste. Por isso, os que fazem parte da Igreja de Cristo devem ser os primeiros em lutar pela paz, os primeiros em trabalhar por uma autêntica justiça social. Se somente professamos nossa nos templos e depois vivemos como ateus, então não temos direito a voltar a Deus para escutá-Lo somente pelo costume. Os cristãos fazem parte e devem fazer parte dos responsáveis por um mundo que seja cada vez mais justo e fraterno.

 
Por isso, resta para nós estas perguntas: Será que iluminamos e comunicamos e esperança aos que estão ao nosso redor? Será que somos sinais e sacramentos do Reino em nossa família, em nossa comunidade e em nossa sociedade?  Nenhum cristão se anula no testemunho de uma vida digna de um filho de Deus nesta terra. O testemunho é a entrega da própria vida para que outro viva; consumir-se ajudando outros para que tenham vida, não escondendo-se e sim entregando sua vida por uma causa digna. Se nãoentrega não se pode pedir a outro que se entregue, porque o Reino de Deus se faz com a entrega de uns aos outros. Quem não se entrega, se empobrece e se anula por si .

P. Vitus Gustama,svd

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