quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

02/01/2018
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SER VOZ E REFLEXO DE JESUS NA VIDA DIÁRIA 
02 de Janeiro
Primeira Leitura: 1Jo 2,22-28
Caríssimos: 22Quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? O Anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. 23Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai. Quem confessa o Filho possui também o Pai. 24Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio. Se o que ouvistes desde o princípio permanecer em vós, permanecereis com o Filho e com o Pai. 25E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. 26Escrevo isto a respeito dos que procuram desencaminhar-vos. 27Quanto a vós mesmos, a unção que recebestes da parte de Jesus permanece convosco, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. A sua unção vos ensina tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa. Por isso, conforme a unção de Jesus vos ensinou, permanecei nele. 28Então, agora, filhinhos, permanecei nele. Assim poderemos ter plena confiança, quando ele se manifestar, e não seremos vergonhosamente afastados dele, quando da sua vinda (1Jo 2,22-28)


Evangelho: Jo 1,19-28
19Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?” 20João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”. 21Eles perguntaram: “Quem és, então? És Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele respondeu: “Não”. 22Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos de levar uma resposta àqueles que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?” 23João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” — conforme disse o profeta Isaías. 24Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25e perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?” 26João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, 27e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. 28Isso aconteceu em Betânia além do Jordão, onde João estava batizando.
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Aceitar Jesus Cristo É Aceitar O Pai


Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai. Quem confessa o Filho possui também o Pai”.


A palavra de Deus na primeira leitura fala da heresia. Heresia é confundir Cristo com o nosso pensar e o nosso querer; é fabricar um Cristo a nossa imagem e semelhança. Este Cristo manipulado e tantas vezes mudado é claro que não pode ser o Cristo Salvador.


O fragmento da primeira leitura revela as linhas essenciais da falsa doutrina divulgada peloanticristoem uma época atormentada do final do século primeiro. Para essa falsa doutrina, Jesus não era considerado como o Messias nem como o Filho de Deus. Essa heresia cristológica considerava impossível que o Verbo Divino se fizesse carne à maneira humana. Mas para o apostolo João, testemunha ocular do Verbo Divino, o Verbo da vida (cf. 1Jo 1,1-4), negar a divindade de Jesus significa não ter comunhão com o Pai e não ter a verdadeira vida (1Jo 2,22-23; cf. Jo 20,30-31); negar a união do divino e do humano em Jesus significa seranticristoporque o humano em Jesus é o reflexo perfeito do divino, é o reflexo do Pai: “Aquele que me viu, viu o Pai” (cf. Jo 14,9). E em outra ocasião Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).


A principal argumentação de João consiste em dizer que aquele que nega a qualidade divina do Filho separa-se do Pai e portanto, da vida eterna da qual é a fonte: “Esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna” (1Jo 2,25). Mas confessar o Filho não é apenas reconhecer especulativamente a sua divindade, e sim aderir a seu mandamento de amor.


São João nessa primeira Carta quer orientar nossa sensibilidade. Não se trata de fazer de Jesus um ídolo e sim de abrir nossos ouvidos à sua Palavra, pois Sua Palavra é vida e luz para nós todos: “No Verbo havia vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1,4) e por isso nos orienta (cf. Jo 8,12). Um Jesus que não nos servir como caminho ao Pai (cf. Jo 14,6) é um Jesus que não nos interessa do ponto de vista da . Jesus é o misterioso laço de união entre a humanidade caída e o Pai pronta para nos salvar: “Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai. Confessa o Filho possui também o Pai” (1Jo 2,23).


O texto da Primeira Leitura termina com algo de ordem sacramental: catequese catecumenal e a unção batismal: “Quanto a vós mesmos, a unção que recebestes da parte de Jesus permanece convosco, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. A sua unção vos ensina tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa. Por isso, conforme a unção de Jesus vos ensinou, permanecei nele”.


A unção é o símbolo do Espírito que penetra todo o ser a partir do seu interior, como o óleo impregna um tecido. Deus-Espírito está lá, impregnando meu ser, e ao mesmo tempo diferente de mim, imanente na minha vida. Eu devo estar consciente de que eu sou “consagrado”, impregnado por Deus.


Como cristãos sabemos da Primeira Leitura que somos essencialmente ouvintes da Palavra da Salvação, aceitadores do Filho, e escutando-O nos realizamos como filhos do Pai celeste e irmãos dos demais homens, vivenciando o amor fraterno. O que nos é pedido não é essencialmente nosso conhecimento ou nosso saber, e sim nossa fidelidade. Fidelidade é guardar ou observar o que é ouvido da Palavra de Deus (cf. Mt 7,24; Jo 14,23). Por isso, o verbo que mais vezes se repete na primeira leitura, é “permanecer”. É um verbo que fala de fidelidade, de perseverança, de manter na verdadeira sem deixar-se enganar. Permanecer em Jesus significa ter nele.  Há várias maneiras de ser fiel: com o pensamento e o coração, com as palavras de testemunho que damos diante dos demais e com as ações, com os compromissos, com as obras e com as decisões da vida diariamente, de acordo com o mandamento do Senhor resumido no amor fraterno.   


Ser Voz De Deus No Mundo           


E lemos no Evangelho o testemunho de João Batista acerca de Cristo. Para a perguntaQuem és tu?”, João Batista confessa, evitando qualquer mal-entendido acerca de sua pessoa e de sua própria missão, que não é o Cristo, o Salvador esperado. Este testemunho em forma de afirmação negativa que sai da boca de João Batista é uma autentica confissão de no messianismo de Jesus. João Batista se define apenas com as palavras do profeta Isaias: “Voz que clama no desertoque prepara o caminho de Cristo. Ele não é a luz. Ele é apenas uma lâmpada que tem tempo limitado de duração. Ele é apenas aquele quetestemunha da verdadeira Luz que é o próprio Jesus Cristo (cf. Jo 8,12). Ele não é a Palavra Encarnada, mas somente a voz que prepara o caminho com a purificação dos pecados através de seu batismo: Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis”.


O testemunho de João Batista pretende suscitar a em todo mundo para o grande desconhecido, o Portador da salvação, que vive entre os homens (Jo 1,14). Por isso, a de João Batista está orientada ao anúncio de Jesus e não é apenas para o consumo próprio. João Batista é aquele que chama atenção, não para si mesmo e sim para Aquele é o verdadeiro Salvador. João Batista nos ensina que a deve ser transformada em anúncio, o fiel deve se tornar em anunciador da Boa Nova. Todo cristão é um propagador da Palavra de Deus na aridez espiritual de nosso mundo, um propagador que chama os outros ao encontro de Jesus Cristo que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).


João Batista testemunha Jesus Cristo com fidelidade e valentia. Não quer falar de si mesmo, nem contar seus méritos nem suas façanhas. João Batista somente quer que os outros o considerem como “a voz que clama no deserto”, a voz que prepara os caminhos de Deus, a voz que chama todos a preparar o lugar de Deus no mundo, especialmente no coração de cada um. A voz desaparece, mas a mensagem fica.


O cristão é chamado a ser anunciador da Boa Nova, a ser a voz que grita, com a própria vida, a verdade de Cristo apesar da pobreza que experimenta e da fragilidade de suas palavras humanas. O cristão é o homem que se define em função de Cristo, d’Aquele que vem sempre aos seus para comunicar salvação e vida.


Como cristãos e como pessoas do bem devemos ser a voz de Deus sobre o amor neste mundo. Podemos desaparecer, mas a marca de amor que testemunhamos e transmitimos deve ficar para sempre entre as pessoas. Além disso, nós, como João Batista, deveríamos falar menos de nós mesmos, acreditar menos em nós mesmos e nos converter em “a vozquetestemunho de Deus, de seu amor presente em Jesus Cristo.


Santo Agostinho comenta: João era voz, mas o Senhor é a Palavra que no principio existia. João era uma voz provisional; Cristo, do principio, é a Palavra eterna. Ao tirar a palavra, o que será a voz? Se não houver conceito, tudo será nada mais do que ruído vazio. A voz sem palavra chega ao ouvido, mas não edifica o coração. João é a voz que grita no deserto, a voz que rompe o silêncio...”.


Somos chamados a ser voz do Senhor neste mundo. Ser voz é uma vocação muito humilde, mas é maior de todas. Ser voz é ser uma mensagem, é ser uma chamada aos demais para o bem, para a Luz que ilumina. A voz é feita para proclamar, para anunciar e para denunciar. A voz deixará de ser voz, se não gritar, se não proclamar, anunciar e denunciar. A voz se condenará, se deixar de anunciar a mensagem sobre o bem. Uma voz do bem é capaz de renovar o mundo. Se faltarem as vozes do bem para anunciar e denunciar, o mundo perderá sua consciência. Por esta razão, como vale e quanto vale sua voz! Como vale e quanto vale sua palavra! Como vale e quanto vale sua mensagem! Como vale e quanto vale seu grito que rompe o comodismo, que rompe o modo de viver sem vida. É preciso contemplar Jesus Cristo, Luz do mundo para que sejamos reflexos de sua luz para os outros, iluminado suas vidas embora o reflexo dure apenas em pouco tempo.
P. Vitus Gustama,svd

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