sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

10/01/2018
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DEUS NOS CHAMA PARA SERVIR O POVO DE DEUS NO SEU ESPÍRITO
Quarta-Feira da I Semana Comum


Primeira Leitura: 1Sm 3,1-10.19-20
Naqueles dias, 1 o jovem Samuel servia ao Senhor na presença de Eli. Naquele tempo, a palavra do Senhor era rara e as visões não eram frequentes. 2 Aconteceu que, um dia, Eli estava dormindo no seu quarto. Seus olhos começavam a enfraquecer, e já não conseguia enxergar. 3 A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel estava dormindo no templo do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus. 4 Então o Senhor chamou: “Samuel, Samuel!” Ele respondeu: “Estou aqui”. 5 E correu para junto de Eli e disse: “Tu me chamaste, aqui estou”. Eli respondeu: “Eu não te chamei. Volta a dormir!” E ele foi deitar-se. 6 O Senhor chamou de novo: “Samuel, Samuel!” E Samuel levantou-se, e foi ter com Eli e disse: “Tu me chamaste, aqui estou”. Ele respondeu: “Não te chamei, meu filho. Volta a dormir!” 7 Samuel ainda não conhecia o Senhor, pois, até então, a palavra do Senhor não se lhe tinha manifestado. 8 O Senhor chamou pela terceira vez: “Samuel, Samuel!” Ele levantou-se, foi para junto de Eli e disse: “Tu me chamaste, aqui estou”. Eli compreendeu que era o Senhor que estava chamando o menino. 9 Então disse a Samuel: “Volta a deitar-te e, se alguém te chamar, responderás: ‘Senhor, fala que teu servo escuta!’” E Samuel voltou ao seu lugar para dormir. 10 O Senhor veio, pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: “Samuel! Samuel!” E ele respondeu: “Fala, que teu servo escuta”. 19 Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. E não deixava cair por terra nenhuma de suas palavras. 20 Todo Israel, desde Dã até Bersabéia, reconheceu que Samuel era um profeta do Senhor.


Evangelho: Mc 3,29-39
Naquele tempo, 29 Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30 A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31 E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los. 32 À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33 A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34 Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. 35 De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36 Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37 Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38 Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39 E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
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Deus Nos Chama Para Ser Solução, Em Nome Dele, Para muitos Problemas Nas Circunstâncias Em Que Nos Encontramos


’Samuel! Samuel!´ E ele respondeu: ‘Fala, que teu servo escuta’. Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. E não deixava cair por terra nenhuma de suas palavras”. Assim lemos na Primeira Leitura sobre a vocação inicial de Samuel.


Samuel é um dos poucos personagens bíblicos dos quais o nascimento e a infância são nos informados. Outros personagens destacados dos quais também nos são contados de maneira privilegiada as circunstâncias de seu nascimento e infância são: Isaac e Moisés, no Antigo Testamento; João Batista e Jesus, no Novo Testamento. Nos dois primeiros capítulos do Primeiro Livro de Samuel se sublinha com ênfase como Samuel é um dom de Deus. Samuel é certamente um fruto da oração, vem acender a vida de Elcana e Ana através de uma providência especial de Deus. Samuel, portanto, já é de sua infância consagrado a Deus.


Samuel foi o elo de ligação entre a época de Moisés/Josué e a de Davi/Salomão. Depois da morte de Moisés, Isarel foi liderada por Josué. Pouco antes de sua morte, Josué exortou os líderes de Israel a permanecerem fieis ao Senhor (Js 23,1-11). No entanto, no período que se seguiu à morte de Josué, Israel se rebelou contra o Senhor e muitas vezes experimentou o abandono divino. Deus levantou Samuel nesse período de crise na história de Israel. Ele serviu ao povo como juiz, sacerdote e profeta. Samuel foi o instrumento escolhido por Deus, cuja linhagem espiritual está ligada a Josué, Moisés e Abraão. Samuel estabeleceu o nome de Deus diante de seu povo, na maneira como lembrava a Israel sobre seus caminhos pecaminosos e a bondade do Deus Todo-poderoso durante todas as crises nacionais e pessoais.


O texto da Primeira Leitura fala da vocação inicial do menino Samuel. Ele já tinha sido consagrado a Deus por sua mãe, e em seu coração de menino, se entregou a Deus. Mas aqui Deus intervem chamando Samuel pelo nome. Já não é somente uma oferenda de si mesmo, por bonita que essa entrega seja. Sua entrega é uma resposta. Alguém toma a iniciativa, e Samuel há de responder: será “Sim” ou “Não”.


Deus teve que chamar Samuel “três vezes” para ser ouvido, para provocar a tomada de consciência. Isso significa que a escuta de Deus não é fácil, nem absulatamente evidente. É preciso ter um silêncio profundo dentro de nós e não somente ao nosso redor. Por ser difícil, muitas vezes, a chamada de Deus passa pela mediação de um homem, como aconteceu com Samuel passa pelo Sumosacerdote.


A escuta de Deus é algo que se aprende como aprendemos a escutar um ser humano. Na escuta se estabelece uma certa familiaridade com o pensamento habitual de alguém, e isto faz com que conheçamos alguém.


Será que temos a simplidade e a humildade para aceitar a mediação de meus irmãos, da Igreja para me ajudar na interpretação da Palavra de Deus?


Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. E não deixava cair por terra nenhuma de suas palavras. Todo Israel, desde Dã até Bersabéia, reconheceu que Samuel era um profeta do Senhor”, assim terminou o texto da Primeira Leitura.


A chamada de Deus, a vocação muito pessoal de cada um de nós é sempre uma missão, um serviço aos homens. O profeta é chamado a realizar uma tarefa no seio do povo de Deus. Servidor de Deus é também servidor dos homens. Deus chama cada um de nós para ser solução para as circunstâncias em que cada um se encontra. Deus nos chama como solução para certas circunstancias, pois Deus ama a humanidade e quer sua salvação.

Jesus veio para nos garantir a vida eterna


O texto do Evangelho de hoje é chamado pelos estudiosos “a jornada de Cafarnaum”. Curar, entrar na casa, orar, pregar, curar... são as ações de Jesus em sua jornada. E sabemos que Jesus prega o Reino de Deus, Sua vontade de salvação e de felicidade para toda a humanidade. Depois que libertou um homem endemoninhado na sinagoga da aldeia, Jesus vai à casa de Simão Pedro com seus discípulos. Ali Jesus cura a sogra de Simão Pedro que tinha febre e ela pode lhes servir.


Ao sair da sinagoga, como relatou o evangelho do dia anterior, Jesus foi à casa de Pedro e curou sua sogra. Jesus segurou a mão dela e a ajudou a se levantar. Não deve ser casual a utilização do verbolevantaraqui pelo evangelista Marcos. Este verbo (“levantar”) será usado para a ressurreição de Jesus Cristo (grego: “egueiro”). Isto quer dizer que Cristo vai comunicando sua vitória contra o mal e a morte, curando os enfermos, libertando os possuídos e devolvendo a dignidade às pessoas.


O existencialismo do filósofo Heidegger define o ser humano como o “ser-para-a-morte”. Para ele, o ser humano é o único ser que não somente morre e sim que sabe que vai morrer, e que neste sentido, se sabe “condenado à morte”.


Para nós cristãos, quando sem , o ser humano se sabe reduzido ao espaço de sua vida mortal, a perspectiva da morte, o medo da morte que se aproxima dia após dia. Pelo contrário, a em Jesus, a na vida eterna destrói a morte e a transforma simplesmente em passagem para a vida eterna. Ao confiar na vitória de Jesus sobre a morte, somos libertados do temor ou do medo da morte. “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá” (Jo 11,25-26).


Servir Como Estilo de Vida


A atitude da sogra de Pedro que depois que ficou curada, logo se pôs a servir Jesus e seus discípulos é uma atitude fundamental do mesmo Cristo. Jesus a curou para amar, para servir. Servir é aquele ato em favor do outro sem esperar nada de troca. É a prontidão para ajudar como um escravo que está pronto para servir seu senhor. Servir é uma adoração em ação. O culto que prestamos a Deus (adoração) se prolonga no serviço para ser completo (missão). Seguir a Jesus não significa dominar, e sim servir. O serviço equivale ao seguimento.


Por isso, o serviço não é somente um conjunto de boas obras, pequenas ou grandes, de ajuda aos demais. Estas boas obras, por si mesmas, não são nada porque muitas vezes as realizamos comoméritospara obter um bom posto ou determinado privilégio. O que conta é a atitude de serviço como atitude de vida. Servir é, para o cristão, um estilo de vida, e não é apenas uma atividade em determinado momento da vida diante dos demais. Ao servir o outro, o cristão estará participando da vida e da missão de Jesus. Cristo Servo deseja viver e estar em meio de uma comunidade de servos.


Para os cristãos servir, então, não é opcional e sim é lei constitutiva da comunidade cristã. Por esse caminho e vivendo este estilo de vida, cada cristão será um sinal vivo de Cristo para os outros.


Colocar o Serviço Na Oração e a Oração No Serviço


O que chama nossa atenção é que a atividade de Jesus em libertar os homens não interrompe seu contato com Deus. No meio de sua atividade ele consagra determinado tempo para estar em contato permanente com Deus Pai a fim de não ser dominado por outros poderes e influências. Com o mesmo amor Jesus se dirige a seu Pai e também aos demais, sobretudo aos que necessitam de sua ajuda. Na oração Jesus encontra a força de sua atividade missionária. Podemos dizer que a vida, antes de ser vivida, precisa ser rezada. Quem sabe rezar bem, sabe também viver bem. Quem não sabe rezar bem, também não sabe viver bem. É preciso colocar a vida na oração e a oração na vida. Se pararmos de rezar, erraremos o caminho, pois rezar é estar com Deus e seu espírito.


Jesus se retirava cada vez que podia (Mc 1,35;Lc 5,16;6,12;9,18.28;Jo 6,3 etc.) para nos dar exemplo e nos ensinar que o homem que quer descobrir e entender as coisas de Deus tem que cultivar a solidão com Deus. Não se pode atender a um assunto importante quando está se distraído por mil bagatelas, coisas sem valor (cf. Sb 4,12). As maravilhas de Deus, que consistem no amor que nos tem, não podem ser vistas sem a solidão interior.
P. Vitus Gustama,svd

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